sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Reinventado a realidade

Leiam ao som de uma linda música.

    Fora de casa cercado por serras, matas e construções históricas observadas a distância, ínfimas aos olhos. Estou entre amigos, com muito sol e água a jorrar. Nessa paisagem vamos cantando e tocando músicas que remetem ao coração. Se nesse mundo de guerras e ditaduras psicológicas ainda exista paz, eu estou vivendo a minha. É hora de dar olá para o pôr do sol e logo em seguida admirar as estrelas, cada uma com sua história, cada uma com seu brilho.
   Chega a noite escura, fria e cheia de surpresas. Assim, acendemos a fogueira e começamos a contar histórias de nossas infâncias. Materializar o passado em palavras, lembranças e sorrisos é como reinventar a nossa realidade. Dessa forma, eu redescobri a vida. Viver é muito bom e como somos prisioneiros do tempo, temos que aproveitar o momento.  
   O fogo está se apagando. Escuto o som dos animais e sinto o vendo levando as cinzas. Logo depois, entrei para minha barraca, peguei o meu caderno, minha caneta e comecei a escrever essas palavras. Elas são simples e singelas, assim como foi meu dia. Estou com sono. Vou dormir pensando em minhas doutrinas.
   Ao acordar no dia seguinte, infelizmente percebi que tudo era apenas parte da minha imaginação. Nunca tive pensamentos tão reais. Esqueci o quanto é agradável sonhar. Bom, está na hora de voltar a carregar minha mochila, meus livros, pensamentos e enfrentar a minha realidade. Voltei a enxergar as hipocrisias, falsidades e sentimentalismos artificiais. Contudo, vou criando minhas barreiras e me distanciando desses valores imorais tão inerentes a sociedade atual.
   Continuo fora de casa, mas agora os meus passos se alternam entre perdas e ganhos, silêncio e atividade, nascimento e morte. Estou entre edifícios, cercado por poeiras e sons que remetem ao desespero. Assim, vou deixando meus rastros que anseiam por liberdade para irem em busca da imortalidade.

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